Sobre o Blog

Esse blog tem por finalidade divulgar e valorizar as mais variadas e ricas formas de expressões artísticas, como artes visuais, cinema, dança, música, literatura, e sobretudo, teatro.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Convite



"Arte para mim não é produto de mercado. Pode me chamar de romântico. 
Arte para mim é missão, vocação e festa."  (Ariano Suassuna)


 
 PurArte convida para ver "A marca da água", por meio de uma parceria com a produção. A montagem teatral é uma das recomendadas pela Veja Rio.

A Marca Da Água

Montagem comemora 25 anos do grupo Armazém, uma das mais conceituais e conceituadas companhias teatrais do país.
O 25º espetáculo da Armazém Companhia de Teatro leva uma piscina de três mil litros para o centro do palco. A partir daí, o público acompanha a cabeça de Laura (a ótima Patrícia Selonk), que transborda memórias e poesias. O texto é assinado por Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes.

Sob a direção de Paulo de Moraes, o elenco é formado por Patrícia Selonk, Ricardo MartinsMarcos MartinsMarcelo Guerra e Lisa E. Fávero. A direção musical  é de Ricco Viana e a assinatura do videografismo é dos irmãos Rico e Renato Vilarouca. Completam a ficha técnica os notáveis Rita Murtinho (figurino) e Maneco Quinderé (iluminação).


Local: Espaço Armazèm (Rua dos Arcos, 24, Lapa)
Data 22/11/2012
Hora 20h.
 
P.s: Os que forem, por decisão da produção deverão chegar meia hora antes, isto é, às 19h30min., impreterivelmente. Ninguém é autorizado a retirar o ingresso na bilheteria, senão o coordenador do projeto sociocultural. Conto com a colaboração e compreensão de todos. E só poderão ser beneficiados os seguidores do blog PurArte (http://purartelace.blogspot.com). Vale ressaltar, que os ingressos foram limitados.

Os interessados responder este e-mail ou telefonar para 9514-2236 (VIVO) / 9106-1118 (CLARO) / 8806-7944 (OI) / 8039-4841 (TIM)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Convite: "Ensina-me a viver", com Glória Menezes



Arte para mim não é produto de mercado. Pode me chamar de romântico. 
Arte para mim é missão, vocação e festa."  (Ariano Suassuna)
 
 
O blog PurArte (torne-se seguidor http://puratrelace.blogspot.com) por meio de uma parceria com a produção convida para o sucesso de crítica e público "Ensina-me a viver", com Glória Menezes, a grande dama da Teledramaturgia Brasileira, e outros.

Ensina-me a Viver narra o encontro amoroso entre Harold (Arlindo Lopes) e Maude (Glória Menezes). Harold é um senhor de quase vinte anos, obcecado pela morte. Maude é uma menina de quase oitenta anos, apaixonada pela vida.Sensível, inteligente e rico, Harold não conheceu o pai. Convive com uma mãe indiferente e autoritária, numa relação desprovida de qualquer contato afetuoso. Atormentado, Harold tenta chamar a atenção materna simulando tragicômicas tentativas de suicídio. A quase octogenária Maude, ao contrário, tem uma paixão incomparável pela vida. Aproveita cada segundo de sua existência como se fosse o último. O contato entre esses dois não poderia ser mais inusitado e improvável, mas quando se encontram, a sintonia é imediata. Maude, cheia de alegria e positividade, ensina ao deslocado Harold os prazeres da vida e da liberdade. Ensina-me a Viver é uma tocante e bem-humorada história de descobertas, que leva o espectador a acreditar que simplificar a vida é o melhor caminho e que o amor continua sendo o melhor remédio.

"O Elenco está todo em sintonia com o texto. Arlindo Lopes tem atuação de ótima qualidade e Glória Menezes tem mais uma grande atuação no palco. A integração dos trabalhos de Arlindo e Glória é impecável e o espetáculo encanta o público com sua qualidade e seu calor” (Bárbara Heliodora, crítica teatral de O GLOBO)

"A  ótima química entre Glória Menezes e Arlindo Lopes gera risos e lágrimas na plateia. Se já achávamos João Falcão um diretor brilhante, agora acreditamos estar diante de um poeta da cena, também capaz de extrair irretocáveis atuações do elenco. Glória e Arlindo formam uma dupla deslumbrante. Ilana Kaplan  está irretocável e Augusto Madeira e Fernanda de Freitas dão um show de versatilidade em seus vários papéis. A trilha sonora é, sem dúvida, a mais criativa da atual temporada. ” (Lionel Fischer , crítico teatral da Tribuna da Imprensa).

Prêmio Qualidade Brasil:Melhor Espetáculo Drama
Melhor Diretor Drama: João Falcão
Melhor Atriz Drama: Glória Menezes
Melhor Ator Drama: Arlindo Lopes

Prêmio ContigoMelhor Atriz: Glória Menezes

Prêmio APTR (Associação dos produtores de Teatro do Rio de Janeiro)
 É recordista em
Indicado em sete categorias.
Melhor Espetáculo
Melhor Produção: Primeira Página
Melhor Diretor: João Falcão
Melhor Atriz: Glória Menezes
Melhor Atriz Coadjuvante: Fernanda de Freitas
Melhor Iluminação: Renato Machado
Melhor Figurino: Kika Lopes

Local: Centro Cultural João Nogueira (antigo Imperator - Rua Dias da Cruz, 170, Méier)
Dias: 26/10
Hora: 21h.
Ingresso: Só R$ 10, 00

Os interessados responder este e-mail, com a data de escolha, ou telefonar para 9514-2236 (VIVO) / 9106-1118 (CLARO) / 8806-7944 (OI) / 8039-4841 (TIM)

domingo, 16 de setembro de 2012

Teatro Crítica: "6 aulas de dança em seis semanas"


  
Teatro Crítica - "6 aulas de dança em seis semanas": Os ótimos Suely Franco e Tuca Andrada cativam e encantam; divertem e emocionam em peça teatral envolvente demais e de imediata empatia e comunicação com a plateia



                                       Sem afeto, a vida é insuportável

Quem for ao bonito e sofisticado Teatro Maison de France na cidade do Rio de Janeiro, para ver "6 aulas de dança em seis semanas", sairá com a alma repleta de emoção e alegria, além de satisfação. Assistir à montagem de "6 aulas de dança em seis semanas" é puro prazer. Do começo até o fim a peça entretém de forma divertida, sem ofender a inteligência do espectador, que se identifica logo com o que vê e ouve, e é conquistado pelas personagens de Suely Franco e Tuca Andrada. "6 aulas de dança em seis semanas" serve para nos lembrar que "a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida", como disse Vinicius de Moraes. Num mundo cada vez maias acelerado pelos avanços tecnológicos, as relações afetivas cada vez mas se dissecam e ser afetuoso e atencioso virou sinônimo de carente em busca de presença. Mas sabemos que presença só não basta. Que a presença seja companhia, pois a solidão é um campo demasiado vasto e doloroso para ser percorrido sozinho. O outro (Michel, personagem de Tuca Andrada), pode não tirar Lily (personagem de Suely Franco) da solidão, pois ninguém tira ninguém da solidão, senão você mesmo, porque ela é fator interno e não externo. Mas o outro pode fazer a caminhada ao seu lado, como companhia, e mais do que presença pura e simplesmente, diminuindo o sofrimento de quem tem solidão.

Sem a coragem de assumir sua solidão, Lily vive num mundo de invenções e na busca por companhia contrata um professor particular de dança. Este, cheio de disposição para viver, logo entra em choque com a senhora solitária, que o trata hostilmente no começo. Até que a cada passo se swing, tango valsa e outros ritmos musicais, os ritmos e os compassos dos seus corações se aproximam. Vem as trocas de confidências e surge entre os dois o sentimento indispensável a uma vida humana saudável: a amizade. E Lily e Michel, apesar da diferença de idade, sofreram perdas dolorosas e significativas em suas vidas. Ao partilharem essas dores, descobrem que tem mais em comum do que em incomum. "6 aulas de dança em seis semanas" esta aí para nos falar da necessidade e da urgência do afeto neste mundo onde tudo é vazio, transitório e descartável. E a desculpa é sempre a mesma: ocupações. A busca pelo melhor emprego gerando a acirrada competitividade, o mundo diante do computador esfriando as relações humanas e tornando o contato físico distante e raro; e sentimentos, como carinho, compaixão e solidariedade foras de moda. 

Tudo isso, os encontros entre as duas personagens, acontece sem pieguices. É onde a direção de Ernesto Piccolo se torna notabilíssima, evitando que tudo resvale no mais alto dramalhão. Ernesto Piccolo realiza aqui um de seus melhores trabalhos, como diretor teatral. Claro, que o fato de ter dois atores de gerações distintas, porém competentes, muito lhe favoreceu.
                                 Suely Franco e Tuca Andrada: perfeita sintonia

O cenário (Vera Hamburger) é bonito demais. Em tons brancos, com um mar ao fundo visto pela janela de vidro do apartamento de Lily é de rara beleza. Dos mais bonitos já vistos. O figurino (Claudio Tovar, sempre competente) é acertadíssimo tanto para Lily quanto para Michel. Aa cada mudança de ritmo pra as seis aulas de dança em seis semanas, o figurino varia. A iluminação (Wagner Freire) dá o tom exato e a coreografia de Carlinhos de Jesus é marcada pela simplicidade e passos tradicionais e corriqueiros. Porque, na verdade, as seis aulas de dança em seis semanas servem para tirar Lily da solidão, não, exatamente, para ensiná-la a dançar.

Os ótimos Suely Franco, ela no auge de seus 55 anos de carreira, e Tuca Andrada cativam e encantam; divertem e emocionam, num espetáculo altamente recomendável, sobretudo, aos que ainda acreditam no amor.

                                                                                                    (Reinaldo Lace, em 15/09/2012)

Teatro Crítica: "Em nome do jogo"

Teatro Crítica - "Em nome do jogo": Montagem imperdível para peça de Anthony Shaffer
      
"Sleuth" é o título original da brilhantíssima peça teatral de Anthony Shaffer, que no Brasil ganhou o nome de "Em nome do jogo". Trata-se de uma trama policial, recheada de suspense, cuja ação dramática construída inteligentemente desenvolve-se da forma mais elaborada no jogo de "caça e caçador" ou "cão e gato" entre as duas personagens, aparentemente de personalidades opostas, porém cheias das mesmas singularidades.

Anthony Shaffer construiu uma peça marcada pela dinâmica o tempo inteiro expondo suas habilidades de dramaturgo de forma excepcional e fascinante. As situações vividas pelas personagens sofrem variadas alterações, para desencadear a confrontação entre os mesmos de maneira hipnotizante, deixando o espectador atento a todo momento. As dualidades presentes nas personagens é muitíssimo bem elaborada e destacada na dose exata de humor e, sobretudo, suspense. Raramente, vemos nos palcos cariocas, ou de todo Brasil, peças policiais; portanto, só isso que pode ter sabor de novidade já torna válida a ida ao teatro. Mas, a encenação de "Em nome do jogo" é repleta de qualidades inquestionáveis, tornando a peça atraente e irresistível pelo conjunto.

                                       Duelo de interpretações

A direção surpreende por ser de um jovem de apenas 29 anos de idade chamado Gustavo Paso, pela segurança e competência. Seu trabalho é notório na exposição da cena como no rendimento do elenco, e tanto quanto nos momentos de comédia quanto nos momentos de drama presentes nessa trama policial. Merece aplausos.

O cenário (Ana Paula Cardoso e Carla Beri) é inventivo e deslumbrante. O ambiente é apropriado a todas as ações decorrentes e solta aos olhos do espectador pela beleza e funcionalidade. As duas cenógrafas realizam um trabalho impecável. Uma tela de vidro expõe o exterior da casa. É algo para ser apreciado. Enquanto uma escada para a entrada no imóvel e saída do imóvel dinamiza a ação dramática, tornando-a mais expressiva cenicamente. Uma estante de livros transforma-se num guarda-roupa num verdadeiro acerto de funcionalidade. As cores em tons sóbrios marcam a personalidade do dono da casa, um escritor de romances policiais, que se julga superior a todos e tudo e não admite perder de forma alguma. O cenário apresenta tanto a realidade da vida pessoal quanto da vida ficcional do escritor de romances policiais dono dacasa. O figurino (Teca Fichinski) é muito bom. O uso de adereços na construção do vestuário dos dois atores (personagens) são apropriados e característicos à ação proposta e/ou pressuposta. A iluminação (Paulo César Medeiro, sempre competente), desculpe-me pelo termo, joga luz sobre o que já é iluminado por si só. A trilha sonora (Caíque Botikay, sempre ótimo), dá densidade quando a cena pede e funciona apropriadamente como um todo.

As atuações formam um espetáculo à parte. Marcos Caruso, soberbo, e Erom Cordeiro (que entrou no lugar de Emilio de Melo estão indescritíveis. São duas atuações de grande categoria. Só a entrada de Marcos Caruso em cena no ínicio de tudo é altamente atraente. E a presença de Erom Cordeiro é cheia de variedade e vitalidade. Mas, variedade e vitalidade, também, não faltam a Marcos Caruso, que constroi sua personagem nos mínimos detalhes, atingindo uma tremenda precisão tanto na dramaticidade quanto na comicidade irônica.


Enfim, texto inteligente e fluentíssimo, direção notabilíssima e atuações de grande categoria fazem de "Em nome do jogo" fortíssima candidata a melhor montagem teatral de 2012. É quando o teatro transcende o palco e atinge a mente (inteligência) e a alma (sensibilidade) do espectador.  

                                                                                              (Reinaldo Lace, em 26/08/2012)

Teatro Crítica: "Raimunda, Raimunda"


      
Teatro Crítica - Ícone da teledramaturgia brasileira protagoniza e dirige peça teatral, com começo sem sentido, meio desconexo e fim piegas.

                                       Só carisma da eterna Namoradinha do Brasil não basta

"Raimunda, Raimunda" é uma excessiva sucessão de erros. O primeiro deles é a junção de dois textos (Raimunda e Ruda" e "Raimunda Pinto") do autor puauiense Francisco Pereira da Silva  formando uma só peça, analisada em questão "Raimunda, Raimunda". O primeiro dos erros é que a peça é marcada por uma narrativa repetitiva, onde se busca o riso fácil ou quase fácil. A obra tem notório conteúdo popular nordestino, o que aproxima Francisco Pereira da Silva de Ariano Suassuna. Mas paremos por aqui. Não ousemos comparar o autor nascido no Piauí ao autor nascido na Paraíba e marcado por clássicos, como "O auto da compadecida" e "O santo e a porca". O segundo é a transposição para o palco. "Raimunda, Raimunda" não funciona como teatro; talvez devesse estar apenas nas páginas dos livros. E o terceiro é constatar que o entusiasmo de Regina Duarte e o esforço do restante do elenco não são, infelizmente, suficientes, para elaboração, sequer razoável, de uma peça teatral.

A direção de Regina Duarte é absolutamente fracassada. Não há imposições de uma diretora. Há, sim, uma diretora que mais parece um cego em meio a um tiroteio, isto é, perdido e desorientado. Isto, obviamente, não poderia render bons desempenhos. E a peça de elenco formado por jovens atores, como André Cursino, Gustavo Rodrigues, Henrique Pinho, Milton Filho, Ricardo Soares, Rodrigo Candelot, Saulo Segreto e Rodrigo Becker, que já demonstram talento em outras produções; além de Regina Duarte, é um navio pronto a naufragar sem sobreviventes.

                                 A Eterna Namoradinha do Brasil


Os figurinos (Regina Carvalho), com supervisão de Beth Filipeck e Renato Machado são ridículos e indignos da trajetória dos profissionais. A iluminação (Djalma Amaral e Wilson Reiz) nada expressa e a música (Charles Kahr) é óbvia.

"Raimunda, Raimunda" é garantia de teatro lotado. Afinal, quem não quer ver de perto a etena namoradinha do Brasil de perto? E só o seu carisma poderia evitar esse naufrágio, que é "Raimunda, Raimunda". Poderia. Pois, uma boa montagem teatral carece de tudo que na peça protagonizada e dirigida por Regina Duarte é ausência.

                                                                                                    (Reinaldo Lace, em 27/07/2012)).

Local Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil
Dias e horários: quarta a sexta, às 19. E sábados, às 19 e 21h.
Ingresso: R$ 6, 00 (inteira e R$ 3, 00 (meia)
Até: 19/08/2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Convite: "Em nome do jogo"

‎"Arte para mim não é produto de mercado. Pode me chamar de romântico. 
Arte para mim é missão, vocação e festa." (Ariano Suassuna)


O blog PurArte por meio de uma parceria com a produção convida para a excelente peça "Em nome do jogo", de Anthony Shaffer, traduzida por Marcos Daud, com direção de Gustavo Paso. Numa trama com reviravoltas, Marcos Caruso, em atuação soberba, é um escritor de romances policiais que propõe uma série de jogos ao amante de sua mulher, um cabeleireiro italiano, interpretado por Erom Cordeiro ( que entrou no lugar de Emílio de Mello) e tem ótimo desempenho.


“'Em nome do jogo'” é um título que se adapta bastante bem ao texto “Sleuth”, a brilhante peça policial de Anthony Shaffer, A ação se desenrola com os dois personagens principais fazendo um belo jogo de gato e rato um com o outro. A tradução de Marcos Daud é adaptada para esta montagem pelo tradutor e os dois atores, Há alguns cortes sem afetar o sentido da peça e, ao afastar do texto as referências mais diretas à Inglaterra, não tenta situá-la em outro lugar, de modo que, vagamente, é lá mesmo que a ação tem lugar.

O resultado é um momento que de raro em raro podemos ver em nossos palcos, esse de dois ótimos atores obviamente tendo prazer em oferecer prazer maior ainda ao público que testemunha suas impecáveis atuações." (Barbara Heliodora, crítica teatral de O GLOBO)

Local: Sala 1 do Teatro Fashion Mall (Estrada da Gávea, 899, São Conrado)
Dias: 14/09, às 21h30min. E 16/09, às 20h.


Os interessados responder este e-mail ou telefonar para Reinaldo Lace 21 9514-2236 (VIVO) / 21 9106-1118 (CLARO) 21 8806-7944 (OI) 21 8039-4841 (TIM).

"Que bom que você pode fazer esse trabalho, Reinaldo Lace. Parabéns! Se os seres humanos pensassem assim teríamos um mundo sem tanta violência. Continue esse anjo enviado por Deus colocando amor no coração de todos" (Celeste Jorge, professora e seguidora de PurArte)

"Até hoje estou impressinado e muito feliz com a alegria das crianças indo assistir, em pleno domingo à tarde (29/07), à peça infantil "A história de Jilú", com Isabel Pacheco e outros, no Teatro Glauce Rocha - RJ. O ser humano Reinaldo Lace, que promove tal alegria, só pode ser um iluminado por Deus! (Josivan Silva, contador e seguidor de PurArte)


Vale ressaltar que Reinaldo Lace realiza este trabalho voluntariamente por ver na arte um meio de agregação social e acreditar que todos devam ter acesso à cultura. E que o mesmo não faz acepção de pessoas, pois abomina todo e qualquer tipo de discriminação, e tampouco, beneficia-se financeiramente.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

"Rua dos amores"






Acabei de ouvir "Rua dos amores" (Luanda/Universal), novo CD do cantor e compositor Djavan. Como cantor, ele é "inimitável". Embora há várias cópias por aí. Inclusive esse daí que você está pensando agora, mas nega imitá-lo. Como compositor, ele é singular, capaz como ninguém de juntar letras e melodias aparentemente sem sentido que dão em jóias, como "Azul": Até o sol nascer amarelinho / Queimando mansinho / Cedinho, cedinho (cedinho) / Corre e vá dizer / Pro meu benzinho / Um dizer assim / Que o amor é azulzinho."
.E Açaí":  Açaí, guardiã / Zum de besouro imã / Branca é a tez da manhã."

O CD é bom. Djavan regravou a belíssima "Vive" lançada recentemente por Maria Bethânia em seu mais novo CD "Oásis de Bethânia". A versão do compositor é tão bela quanto a da maior intérprete do Brasil. A diferença é que Bethânia mistura densidade e delicadeza em sua gravação original, enquanto Djavan é só delicadeza ao dizer: "Desencana, meu amor, tudo seu é muita dor / Vive..."

                                                                                      (Reinaldo Lace, em 11/09/2012)

Martinho da Vila na Academia Brasileira de Letras



 



SÉRIE "MPB NA ABL" APRESENTA ESPETÁCULO ‘MARTINHO DA VILA – 45 ANOS DE CARREIRA’

O show terá a participação do jornalista e musicólogo Ricardo Cravo Albin e está programado para o dia 12 de setembro, quarta-feira, às 12h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., sede da Academia

O espetáculo  denominado “Martinho da Vila – 45 anos de carreira”, será uma homenagem ao compositor e cantor que  “ ajudou, na década de 60 do século passado, a se repensar a importância da Música Popular Brasileira”,  segundo afirma o jornalista e musicólogo Ricardo Cravo Albin, responsável por um bate-papo informal no palco, com o objetivo de dar ao público informações sobre a vida do homenageado. O evento está programado para o dia 12 de setembro, quarta-feira, às 12h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares, na sede da ABL – Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

De acordo com o jornalista,   Martinho da Vila estará exibindo no “show”  seus principais sucessos, “com que   ajudou de modo decisivo a integridade da MPB”. Martinho, ainda segundo o musicólogo, preparou para o espetáculo um roteiro original e cheio de revelações: “Entre os fatos passados em revista no espetáculo  será contada a histórica participação dele, a partir de 1970, quando sucessos populares como Canta, canta, minha genteMeu laiaraiá ou Pequeno burguês ajudaram a levantar a música popular durante toda uma década. Nesse período, surgiram os rumos saudáveis que abriram alas para o reaparecimento de sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho. Além de permitir, naturalmente, os significativos sucessos de cantoras como Beth Carvalho e Clara Nunes”.

Martinho José Ferreira, o Martinho da Vila, nasceu em Duas Barras, Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. Filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, veio para o Rio de Janeiro com apenas quatro anos. O compositor surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com o partido alto Menina moça e, no ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançando o clássico samba Casa de Bamba. Sua vida de sambista (ritmista, passista, compositor, puxador de samba de  enredo, presidente de ala e administrador) começou na extinta Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato. Ingressou e passou a dedicar-se à Unidos de Vila Isabel, em 1965. Os sambas de enredo mais consagrados da escola são de sua autoria. Embora sem formação acadêmica, Martinho tem uma grande ligação com a música erudita e idealizou, em parceria com o Maestro Leonardo Bruno, o “Concerto Negro”, espetáculo sinfônico que enfoca a participação da cultura negra na música erudita. Além de compositor e cantor, é escritor, autor de dez livros. 
        
Serviço:
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Série “MPB na ABL”
Espetáculo: “Martinho da Vila – 45 anos de carreira”
Com o compositor e cantor Martinho da Vila e o jornalista e musicólogo Ricardo Cravo Albin
Patrocínio: Petrobras
Data: 12/09/2012, quarta-feira, às 12h30min
Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares
Avenida Presidente Wilson 203 – Castelo
Entrada franca
Telefone: 3974-2500


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Há 90 anos...

Há noventa anos nascia "O senhor dos palcos: Paulo Autran

"A vida é uma coisa fantástica, maravilhosa, linda, divertida. Até as dores que nós vivemos podem ser encantadoras. O importante é não pensar muito na idade e saber viver cada momento." (Paulo Autran)

Avaliação final do projeto "A gosto de Nelson"


* Reinaldo Lace
**

"Senhora dos afogados" ou "Toda nudez será castigada": qual foi a melhor montagem entre as 17 peças de Nelson Rodrigues, dentro do projeto "A gosto de Nelson", em comemoração ao centenário do maior dramaturgo do Brasil e um dos maiores do mundo em todos os tempos?

1. "A mulher sem pecado" - Primeira peça escrita por Nelson Rodrigues, em 1941, foi montada pela primeira vez, em dezembro do ano seguinte, no Teatro Carlos Gomes - RJ. A montagem, com O Instituto João Aires de Minas Gerais é superior à montagem de 12 anos atrás, com José de Abreu e Luciana Braga nos papéis principais, por ocasião dos 20 anos da morte do autor. Apresentada dentro do projeto "A gosto de Nelson", em comemoração ao centenário de Nelson Rodrigues, a história que gira em torno do excessivo ciúme de um marido por sua mulher, cresceu na marcante interpretação de Paulo Rezende, como Olegário, o marido excessivamente ciumento, com apoio da trilha sonora e iluminação, de Luiz de Filippo e Wladimir Medeiros, respectivamente. Dias 01 e 02 de agosto, no Teatro Glauce Rocha.

2. "Vestido de noiva" - Maior clássico do Teatro Brasileiro; depois de uma encenação pavorosa, com direção de Caco Coelho e Viviane Pasmanter, como Madame Clecy, na Rotunda do Centro Cultural Banco do Brasil RJ, em maio, os ótimos Os Satyros de São Paulo realizaram uma montagem criativa e interessante. Do elenco, só Helena Ignez destoava, como Madame Clecy. Dias 01 e 02 de agosto, no Teatro Dulcina.

3. "Álbum de família" - Um dos bons textos de Nelson Rodrigues foi desfavorecido por uma montagem esteticamente pobre. Poderia ter rendido mais, se a Anômade Cia de Teatro soubesse aproveitar melhor as possibilidades do texto. Dias 08 e 09 de agosto, no Teatro Dulcina.

4. "Anjo negro" - Censurada por dois anos pela Ditadura Militar, a trama que gira em torno do até hoje atual e polêmico tema do racismo, por meio de um homem negro que renega a própria raça e se casa com uma mulher branca, teve no elenco de sua montagem original, em 1946, nomes como Itália FaustaMaria Della Costa e Nicete Bruno. Dos mais fracos textos de Nelson Rodrigues, a Cia de Teatro 3 de Goiás driblou surpreendentemente as dificuldades todas apresentadas pelo texto e foi capaz de uma montagem clara, limpa e objetiva, favorecendo a compreensão do espectador sobre a trama. Mérito do diretor Altair de Souza. Montagem muito superior à montagem esquizofrênica apresentada, em março, no Teatro Dulcina, com Déo Garcez, como Ismael. Dias 08 e 09 de agosto, no Teatro Glauce Rocha.

5. "Senhora dos afogados" - A trama mais complexa (por que não dizer confusa de Nelson Rodrigues), pela mistura de vários temas polêmicos, como assassinato, suicídio, prostituição, incesto, loucura e mistiscismo, ganhou, e muito, ao ser transformada em musical, com temas de Chico BuarqueDjavan e outros compositores brasileiros. O Núcleo Experimental de São Paulo fez jus ao seu nome, proporcionando ao espectador uma experiência marcante. Um trabalho caracterizado ao mesmo tempo pelo arrebatamento e a delicadeza, fazendo-nos ver quão doloroso, porém necessário talvez seja viver e seguir os impulsos dos sentimentos em detrimento da razão. A melhor montagem teatral que o Rio de Janeiro viu até agora. Dias 11 e 12 de agosto, no Teatro Glauce Rocha.

6. "A falecida" - A Companhia Gestão e Produção sob direção e orientação de Diego De León criou uma "A falecida" multifacetada ao dividir entre os atores as várias personagens de uma das melhores peças de Nelson Rodrigues. O diretor soube em sua criação manter e valorizar o que o mítico crítico Décio de Almeida Prado já observara na estreia nacional da peça, em 1953, com Sonia Oiticica e Sérgio Cardoso nos papéis principais.. Uma "ferocidade cômica", "uma força sarcástica e corrosiva" num "instantâneo cômico ou trágico". Dias 15 e 16 de agosto, no Teatro Dulcina.

 7. "Os sete gatinhos" -  Direção sem direção, cenário pavoroso, figurinos incompreensíveis, trilha sonora confusa e interpretações sofríveis. Uma lástima. Pois, trata-se de uma das obras-primas do Anjo pornográfico, que foi completamente desconstruída, tornando-se irreconhecível, para desgosto total do grande público. Nelson não merecia isso. A pior montagem teatral até agora em 2012. E dificilmente, haverá pior. Com a Cia Crstina Yoshie Sato. Dias 18 e 19 de agosto, no Teatro Dulcina.

8. "Boca de Ouro" - O Grupo Prole de Teatro sob a direção competente de Flavia Pucci favoreceu-se de um dos melhores textos de Nelson Rodrigues e criou uma encenação com mais acertos do que erros. A valorização do texto fluiu naturalmente da boca dos atores. Um eficiente Gustavo Engracia (Boca de Ouro), Kelly AlonsoRodrigo SolerThiago Barros, enfim, todo elenco, estavam harmonizados. Cenários e iluminação funcionais. Prazer de ver. Dias 18 e 19 de agosto, no Teatro Glauce Rocha.

9. "O beijo no asfalto" - A Phalante, Goes & Mourão desperdiçou uma das obras-primas de Nelson Rodrigues, com uma encenação burocrática. Foi a decepção do projeto "A gosto de Nelson", em comemoração ao centenário do Anjo pornográfico.  Mas, destaquemos Andrêzza Alves, como Selminha, papel interpretado por Fernanda Montenegro, na montagem original de 1961, que reuniu no mesmo palco Sérgio BrittoÍtalo RossiOswaldo LoureiroMário LagoZilka Zalaberry e uma estreante Suely Franco. Dias  22 e 23 de agosto, no Teatro Dulcina.

10. "Otto Lara Resende, ou Bonitinha, mas ordinária". A peça mais popular de Nelson Rodrigues e encenada pela primeira vez, em 1964, cresceu em encenação despojada e vigorosa do experiente diretor Eduardo Wotzik. Centro de Investigação Teatral voltou aos  palcos revitalizado, provando que o teatro nunca é o mesmo, sempre muda. E a história de Edgar, dividido entre o bem e o mal, é contada de forma quase magistral, e seu interpréte, encarna a personagem com força extraordinária. Ísio Guelman, perfeito. Clarice Niskier, muito bem no papel vivido na montagem original por Tereza Rachel. Assim, como Henri Pagnoncelli. Se a falta de elementos cênicos é quase inexistente, é só para dizer o quanto o texto vale por si só. Puro deleite. Dias 22 e 23 de agosto, no Teatro Glauce Rocha.

11. "Toda nudez será castigada" - Uma das obras-primas entre as 17 obras dramáticas de Nelson Rodrigues, a primeira montagem, em 1965, teve Cleyde Yáconis - esta dispensa comentários-, como a prostituta Geni. Na adaptação para o cinema, a personagem ganhou fama na interpretação inesquecível de Darlene Glória. Com a Armazém Companhia de Teatro, uma das mais conceituais do país, a peça ganhou encenação, que atinge seu ponto máximo na sua concepçãp estética, valorizando o visual, sem colocar o texto em segundo plano. Os desempenhos são irregularesMas Patrícia Selonk compreende bem as verdades de Geni e a constrói com segurança e doçura. Ela cria uma Geni, como não poderia deixar de ser, mulher da vida, porém, vítima dos próprios sonhos, enganos e ilusões. E até mesmo ingenuidade. A música do talentosísssimo Arrigo Barnabé é excepcional. E tudo orquestrado pelas mãos maravilhosas do diretor Paulo de Moraes. Dias 25 e 26 de agosto, no Teatro Dulcina.

12. "A serpente" - Último texto escrito por Nelson Rodrigues, a trama de final surpreendente - se é que se pode falar de supreendente em se tratando de Nelson Rodrigues - encenada pelo Teatro do Pequeno Gesto, tem seu melhor nos desempenhos dos talentosos atores Alexandre DantasClaudia VenturaMarcos FrançaPriscila Amorim Vilma Melo. A direção de Antonio Guedes impõe certo frenesi à cena, o que beira uma exarcerbação desnecessária. Dias 30 e 31 de agosto, no Teatro Dulcina.

*É convidado especial da FUNARTE (Fundação Nacional de Artes) para cobertura do evento "A gosto de Nelson"
**Não assistiu, por problemas de saúde às apresentações de "Viúva, porém honesta", "Anti-Nelson Rodrigues", "Dorotéia". "Perdoe-me por me traíres" e "Vasa 6".

                                                                       (Reinaldo Lace, em 01/09/2012)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Convite: "O Mágico de Oz"



"Arte para mim não é produto de mercado. Pode me chamar de romântico. 
Arte para mim é missão, vocação e festa."  (Ariano Suassuna)
 
 
Vitória! Vitória! Vitória! O blog PurArte por meio de sua parceria com a produtora Aventura Entretenimento obteve mais 20 ingressos, com desconto para o musical "O Mágico de Oz", em 21/09, às 20h., (no Teatro João Caetano, s/n, Centro do Rio de Janeiro - RJ) o que diminuiu a fila de espera por desistência (s) de 27 pessoas para 7 pessoas. Mas PurArte não se cansa e mantén as negociações, para obter mais ingressos, com desconto. Podemos, assim, bater nosso recorde atual, que é a peça "A propósito de Senhorita Júlia", com Alessandra Negrini e outros, em 12/02, no Teatro Nelson Rodrigues da Caixa Econômica Federal, quando 140 pessoas foram contempladas com convite.



Por meio de mais uma parceria com a Aventura Entretenimento, blog PurArte (torne-se seguidor http://purartelace.blogspot.com)  pode levá-lo para assistir ao sucesso de público e crítica "O Mágico de Oz".

O musical, de L. Frank Braum, com direção da incansabilíssima e competentíssima dupla Charles Möller e Claudio Botelho, conta a história de Doroty, uma menina que leva uma vida pacata com seus tios numa fazenda. Depois de um tornado, ela e seu cachorro Totó vão parar em Oz, onde conhecem o Homem de Lata, o Espantalho e o Leão Covarde. Juntos, seguem em busca de um mágico. Com os talentosos Mallu RodriguesPierre BaitelliLucio Mauro FilhoMaria Clara Gueiros, Luiz Carlos Miéle, o Miéle, e outros. A peça reúne 300 figurinos, 14 cenários e muitos efeitos especiais. Uma superprodução. "O Mágico de OZ' ganhou fama no mundo inteiro ao se transformar no célebre filme homônimo estrelado por Judy Garland, em 1939. Vale a pena ver ou rever.


Local: Teatro João Caetano (Praça Tiradentes, s/n, Centro do Rio de Janeiro - RJ)
Data: 21/09/2012
Hora: 20h.

Os interessados responder este e-mail ou telefonar para Reinaldo Lace 21 9514-2236 (VIVO) / 21 9106-1118 (CLARO) 21 8806-7944 (OI) 21 8039-4841 (TIM).
 
"Que bom que você pode fazer esse trabalho, Reinaldo Lace. Parabéns! Se os seres humanos pensassem assim teríamos um mundo sem tanta violência. Continue esse anjo enviado por Deus colocando amor no coração de todos" (Celeste Jorge, professora e seguidora de PurArte)
 
"Até hoje estou impressinado e muito feliz com a alegria das crianças indo assistir, em pleno domingo à tarde (29/07), à peça infantil "A história de Jilú", com Isabel Pacheco e outros, no Teatro Glauce Rocha - RJ. O ser humano Reinaldo Lace, que promove tal alegria, só pode ser um iluminado por Deus! (Josivan Silva, contador e seguidor de PurArte)

 
Vale ressaltar que Reinaldo Lace realiza este trabalho voluntariamente por ver na arte um meio de agregação social e acreditar que todos devam ter acesso à cultura. E que o mesmo não faz acepção de pessoas, pois abomina todo e qualquer tipo de discriminação, e tampouco, beneficia-se financeiramente.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012





Brevemente mais uma parceria entre o blog PurArte e a Chaim Produções:

"A partilha", texto e direção de Miguel Falabella. Com Arlete Salles, Patricya Travassos (que entrou no lugar da excelente Natália do Vale), Suzana Vieira e Thereza Piffer.
Vem aí mais uma parceria entre o blog PurArte e a dupla Charles Moller eClaudio Botelho:

"Milton Nascimento, nada será como antes, O musical"

sábado, 1 de setembro de 2012

Convite: "Zumbi"



"Arte para mim não é produto de mercado. Pode me chamar de romântico. 
Arte para mim é missão, vocação e festa."  (Ariano Suassuna)


Por meio de mais uma entre tantas parcerias, que já tivemos com o Centro Cultuiral Banco do Brasil - RJ, blog PurArte (torne-se seguidor http://purartelace.blogspot.comconvida-o para assistir à peça "Zumbi", de Augusto Boal e Gianfrrancesco Guarnieri, com músicas de Edu Lobo. Como diretor, João das Neves, o mesmo dos ótimos "Besouro Cordão de-Ouro (2003) e "Galanga, Chico Rei!" (2011).

A peça fala sobre a luta dos quilombolas de Palmares contra o domínio de Portugal.


Local: Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66, Centro do Rio de Janeiro - RJ)
Dias: 01 e 02/09/2012
Hora: 19h30min.

Os interessados responder este e-mail ou telefonar para Reinaldo Lace 21 9514-2236 (VIVO) / 21 9106-1118 (CLARO) 21 8806-7944 (OI) 21 8039-4841 (TIM).


Vale ressaltar que Reinaldo Lace realiza este trabalho voluntariamente por ver na arte um meio de agregação social e acreditar que todos devam ter acesso à cultura. E que o mesmo não faz acepção de pessoas, pois abomina todo e qualquer tipo de discriminação, e tampouco, beneficia-se financeiramente
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Teatro Crítica: "A propósito de Senhorita Júlia"

                                                    


Teatro Crítica - A propósito de Senhorita Júlia: Adaptação da obra de August Strindberg perde em essência e vigor
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                                       Mal sucedida transposição

É cada vez mais comum as adaptações dos clássicos da dramaturgia mundial. Será que os jovens amantes do bom teatro nunca terão a oportunidade, ou só raramente, de ver os clássicos em toda a sua essência desafiando a contemporaneidade? Qual seria o maior problema em montar os clássicos? Textos datados? Elencos numerosos em sua maioria? Falta de interesse por parte do grande público? Falta de patrocínio de órgãos públicos e/ou privados? Se um texto se torna clássico jamais ele é datado. Uma obra, seja ela qual for, só e chamada clássica quando ela ultrapassa os tempos e se mantém atual em qualquer época. Elencos numerosos são por vezes necessários. Em "Hamlet", o clássico dos clássicos do teatro universal, que personagem deixar de fora? Culpar o grande público é cair no erro do preconceito. E a falta de patrocínio de órgãos públicos e/ou privados é preciso ser revista com atenção e zelo. Sendo assim, o maior, entre outros erros, de "A propósito de Senhorita Júlia' é a transposição do original de uma rígida Suécia para o Brasil da Era Lula e suas "supostas" transformações sócio-econômicas. O que se vê diante de tal transposição é um equívoco, que resulta numa montagem mal sucedida, cujo erro maior cabe à direção. Falta à direção do cineasta Walter Lima Júnior clareza e objetividade, deixando algumas ações confusas, dificultando a compreensão do total da narrativa dramática, e gerando risadas na plateia em momentos que falam de dor e sofrimento. Pecado mortal.

A encenação, depois de uma temporada em fevereiro, no Teatro Nelson Rodrigues da Caixa Econômica Federal, reestreou no antigo Imperator, atual Centro Cultural João Nogueira (merecida homenagem ao grande sambista). O cenário (José Dias) ambienta uma cozinha, onde quase toda ação se dá. Funcional. Os figurinos (Gisele Froés) são mais que corretos; apropriados. A iluminação (Daniel Gálvan) oscila entre o expressionismo e o realismo e a trilha sonora (Walter Lima Jr, o diretor) passa surpreendentemente despercebida.


                                 Armanado Babaioff tem o melhor desempenho


Dos três atores do elenco Alessandra Negrini, Armando Babaioff e Dani Ornelas, ele é quem tem o melhor desempenho. Armanado já provou ser bom ator em "Gota d'água" (2007) e "O santo e a porca" (2008), ambas sob direção de João Fonseca. Babaioff realiza um trabalho coerente e sem exageros. Ao contário de sua mais constante parceira de cena Alessandra Negrini, que beira a esquzofrenia numa atuação viciosa de quem é produto da televisão. A sensualidade e a beleza da atriz não são suficientes para um bom rendimento no papel-título. Enquanto Dani Ornelas alterna bons e maus momentos realizando um trabalho irregular.

A ida ao teatro deve ser sempre recomedável, e é válida. Arte completa, como nenhuma outra, capaz de profundas reflexões, merece sempre o apreço do público. Pena que nem sempre o resultado é satisfatório.

                                                                                                    (Reinaldo Lace, em 15/0/2012))


Local: Centro Cultural João Nogueira - Imperator (Rua dias da Cruz, 170, Méier. Tel.: 21 . Rio de Janeiro RJ)
Dias: Sex e sáb, às 21h. Dom, às 19h30min.
Ingresso R$ 20, 00 (inteira) e R$ 10, 00 (meia)
Até: 19/08/2012