Sobre o Blog

Esse blog tem por finalidade divulgar e valorizar as mais variadas e ricas formas de expressões artísticas, como artes visuais, cinema, dança, música, literatura, e sobretudo, teatro.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

FRASE DA SEMANA

"Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem."


(Santo Agostinho)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reabertura do Teatro Dulcina





Dulcina

Foi em grande estilo que a cidade do Rio de Janeiro teve de volta um dos seus teatros mais importantes. Fechado durante quatro anos para uma reforma que recuperou suas estruturas interna e externa, o Teatro Dulcina foi reaberto na noite de anteontem (02/08) num evento só para convidados. A noite serviu também para homenagear Dulcina de Morais, a artiz que dá nome ao teatro.

Na reabertura do Teatro Dulcina, reformado pela Fundação Nacional de Artes, a classe de atores criticava o fechamento de outtos teatros da cidade, como o Glória. A atriz Beth Goulart lembrou a existência de uma lei municipal que determina que para cada teatro fechado um novo deve ser aberto.

Esbanjando charme e simpatia, Giulia Gam, foi uma das mais assediadas pela legião de fotógrafos e jornalistas presentes. "Encenei aqui ao lado de Wagner Moura e sob direção de Aderbal Freire-Filho 'Dilúvio em tempos de seca' quando o espaço ainda estava em ruínas", recordou a atriz

Estiveram presentes na plateia, Ney Latorraca, Emiliano Queiróz, Patrycia Travassos,Mariah da Penha, Leona Cavalli, Érico Brás, Gotsha, Cristina Pereira, Paulo Betti e outros nomes da classe artística.

Presidente da Funarte, o ator Antonio Grassi, foi quem abriu a cerimônia sob aplausos. "Nossa, visto daqui é lindo!" Ao ver a plateia do palco. Ele fez questão de chamar ao palco o ator Sérgio Mamberti, seu antecessor.

Um dos grandes momentos da noite foi protagonizado por Nicette Bruno ao falar num discurso emocionado sobre seu convívio com Dulcina de Morais, de quem foi discípula. As 14 anos de idade, Nicette estreou profissionalmente, ao lado da mestra, numa montagem de "As filhas de Iório", iniciando uma das carreiras mais notáveis e respeitadas de uma atriz brasileira. "Foi Dulcina, para quem a humildade e a disciplina são indispensáveis à formação do ator, quem me ensinou: 'Filha, quer mesmo seguir esta pofissão? Duas paralelas acompanharam sua trajetória, o sucesso e o fracasso. Usufrua do sucesso para aprender do fracasso''".

A polêmica Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, quase roubou a cena por suas gafes cometidas ao confundir Nicette Bruno com Nathália Timberg e saudar a todos com um "bom dia" quando já passava das 21 horas.

Eis que chega o momento mais esperado da noite quando Bibi Ferreira, Nathália Timberg eMarília Pera surgem no palco para encenar "Um brinde a Dulcina". Pela primeira vez juntas no palco, as três divas emocionaram e divertiram a todos ao contar a trajetória de Dulcina de Morais desde seu nascimento, em Valença (RJ), em 04 de fevereiro de 1908, até seu falecimento, aos 88 anos, em Brasilía, em agosto de 1996.

"Foi Dulcina quem conseguiu o fim da carteirinha de prostituta para atriz e lutou bravamente pela profissionalização do ator", recorda Fernanda Montenegro, a ausência mais sentida ao lado de Sérgio Britto, numa noite que ficará para sempre na memória dos que estiveram presentes e na história do Teatro Brasileiro.


(Reinaldo Lace, em 04/08/2011)