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Esse blog tem por finalidade divulgar e valorizar as mais variadas e ricas formas de expressões artísticas, como artes visuais, cinema, dança, música, literatura, e sobretudo, teatro.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

HOMENAGEM DO MÊS





A RAINHA


MARIA BETHÂNIA VIANNA TELLES VELOSO nasceu no dia 18 de junho de 1946, na cidade de Santo Amaro da Purificação, na Bahia. A filha de Seu Zeca Veloso e de Dona Canô estreou profissionalmente em 1965, ao substituir Nara Leão no lendário show "Opinião", ao lado do sambista carioca Zé Ketti e do compositor maranhense João do Vale.Tornou-se, então, conhecida nacionalmente por sua dramática e vigorosa "interpretação" de "Carcará", de João do Vale e José Cândido.
A "Abelha-Rainha" dividiu discos e shows com grandes nomes da MPB, como Edu Lobo, Chico Buarque, e seu mano Caetano Veloso (responsável pelo seu nome, título de um dos maiores sucessos da carreira do eterno Nelson Gonçalves).
Foi a primeira cantora no Brasil a vender mais de 1 milhão de cópias de um disco. No caso, "Álibi", de 1978. Seus discos integram, indiscutivelmente, a antologia da música popular brasileira - "Mel", de 1979; "Talismã", de 1980; "Alteza", de 1981; "Ciclo", de 1983; "Dezembros", de 1986 e "As canções que você fez pra mim", de 1993, este dedicado à obra de Erasmo Carlos e Roberto Carlos.
Em 1994, quando estava em turnê pelo Brasil, com o show de lançamento do CD dedicado a Erasmo & Roberto, a cantora foi homenageada ao lado de Caetano, Gilberto Gil e Gal Costa pela Mangueira no enredo "Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu". Com o irmão e os amigos Gil e Gal, Bethânia formou, em 1976, "Os doces bárbaros", formação musical que entrou para a História da Música Popular Brasileira
Em 1996, ao lançar o aclamado "Âmbar", a cantora jogou luz sobre jovens e novos compositores, como Adriana Calcanhoto (autora da faixa-título), Arnaldo Antunes, Orlando Morais, Carlinhos Brown e Chico César. Três anos depois, a intéprete causou polêmica entre os críticos e dividiu opiniões até mesmo entre os bethanófilos ao regravar "É o amor", de Zezé di Camargo, no introspectivo "A força que nunca seca". À época, Bethânia declarou ser capaz de gostar e se emocionar tanto com uma canção sofisticada de Chico Buarque e Caetano Veloso quanto com uma simples canção como "É o amor".
Em 2001, em comemoração aos seus 35 anos de carreira (com um ano de atraso), a cantora reviu sua formação musical e mais uma vez abriu novos horizontes na música popular brasileira, com "Maricotinha", eleito pelo jornal O GLOBO o melhor disco do ano.
Em 2003, lançou "Brasileirinho", como bem definiu o crítico Hugo Sukman: "um documento histórico e poético". Simultaneamente, pelo seu selo Quitanda, ela expressa sua devoção à Nossa Senhora no delicado e emocionante "Cânticos, preces, súplicas à Senora dos jardins do céu..." Também neste ano, Maria Bethânia fatura pela primeira vez o prêmio de melhor cantora da conceituada Associação Paulista de Críticos de Arte.
Dois anos depois, a cantora põe no mercado o primoroso "Que falta você me faz", em homenagem a Vinicius de Moraes. O show de lançamenro do CD serviu também para a artista comemorar 40 anos de carreira.
Em 2006, a diva lançou, simultaneamente, dois CDs para falar de uma de suas maiores paixões, água. Os discos, elogiados pela crítica, foram "Mar de Sophia", sobre as aguas salgadas do mar e inspirado nos escritos da poetisa portuguesa Sophia de Melo Breyner, e "Pirata", dedicado às aguas doces dos rios. Os dois CDs deságuaram no maravilhoso show "Dentro do mar tem rio". Dois anos depois, a brasileira se uniu à cubana Omara Portuondo, e juntas, gravaram "Omara e Bethânia".
Mais prolífuca do que nunca, em 2009, outra vez a cantora lançou dois CDs: "Encanteria", para falar de festas e devoções, e "Tua", para cantar o amor .
Amante da palavra, Maria Bethânia percorreu o Brasil a partir de setembro de 2010 até janeiro de 2011, com o projeto especial "Bethânia e as palavras - Leituras", que teve estreia nacional no Rio de Janeiro e fez apresentações gratuitas para alunos da rede estadual de ensino.
Recentemente, a cantora iniciou os ensaios de seu novo show "Sem fantasia", dedicado a composições do amigo e ídolo Chico Buarque. "Maria Bethânia é a voz que melhor traduz a obra de Chico Buarque", disse uma vez João Máximo, respeitado crítico de música do Globo.
No palco, Maria Bethânia reina absoluta. Sua presença cênica é notória. Ela é tanto uma grande cantora que representa quanto uma grande atriz que canta. As duas artes se completam nela para formar uma só arte: Maria Bethânia.
Por sua voz poderosa, seu timbre inconfundível, sua enorme coerência artística, seu profissionalismo reconhecido e o seu pleno domínío de tudo que canta (e faz) é que Maria Bethânia é chamada "Rainha". E olha que no país de Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso. Elis Regina, Linda Batista, Ângela Maria, Aracy de Almeida, Gal Costa, Nana Caymmi, Zizi Possi, Cássia Eller e outras grandes cantoras.

(Reinaldo Lace, em 01/06/2011).

Um comentário:

  1. Sua homenagem é uma aula sobre Maria Bethania!

    http://www.youtube.com/watch?v=9-KuYInQ6qM&playnext=1&list=PLC91128BABFBCA12C

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