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Esse blog tem por finalidade divulgar e valorizar as mais variadas e ricas formas de expressões artísticas, como artes visuais, cinema, dança, música, literatura, e sobretudo, teatro.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Para lembrar João Caetano


João Caetano dos Santos nasceu em Itaboraí, Região Metropolitana do Estado do Rio da Janeiro. Em 1831, iniciou sua carreira de ator. Fundou aCompanhia Dramática Nacional, a primeira companhia teatral do Brasil, depois denominada Sociedade Filodramática de Niterói. A compania estreou, 1833, no Teatro Municipal João Caetano, o nome oficial do Teatro Municipal de Niterói, com "O príncipe amante da liberdade ou A independência da Escócia", com elenco formado apenas por atores brasileiros, inaugurando uma nova fase do teatro no país.

Em 1842, João Caetano comprou a casa onde sua companhia havia estreado e a transformou em Teatro Santa Tereza (mais tarde, em 1900, a Câmara de Niterói mudaria o nome do teatro para João Caetano). O ator se tornou, em 1843, acionista majoritário do teatro da Praça Tiradentes, na cidade do Rio de Janeiro. Porém, somente, 87 anos depois, o teatro passou a ser chamado de João Caetano.

O esquecimento em relação a João Caetano - o Brasil é um país sem memória mesmo - é do mesmo tamanho da importância que ele teve para as artes cênicas do Brasil. Além de ser nome de dois teatros, o ator também é representado por uma estátua em frente ao teatro que leva seu nome na Praça Tiradentes. Neste ano, a estátua - a única dedicada a um ator de teatro nas ruas da cidade do Rio de Janeiro - completa 120 anos.

Um jornal carioca perguntou a dez artistas da área teatral, que ator ou atriz do Brasil, merece ganhar uma estátua em sua homenagem. Deu empate entreRubens Corrêa, Paulo Autran e Sérgio Britto pelos convidados do jornal. Mas, eu desempatei.


Marília Pêra (atriz) : "Dulcina de Morais. Ela já morreu, é mulher, a estátua ia ter sainha. As estátuas, em geral, são de homens".

Inez Viana (atriz): "Dercy Gonçalves. Pelo conjunto da obra. É completa, no teatro, na TV e no cinema".

João Falcão (diretor): "Paulo Autran. Um dos grandes atores".

Paulo de Moraes (diretor): "Paulo Autran. Porque foi o maior ator que já vi no palco e que já dirigi".

Christiane Jatahy (diretora): "Sérgio Britto. O primeiro que me veio à mente. É um homem totalmente de teatro, que vê tudo e faz tudo".

Ana Teixeira (diretora): "Sérgio Britto. Um homem de teatro, de verdade".

Moacir Chaves (diretor): "Rubens Corrêa. Eu queria falar (o iluminador Aurelio de Simoni), totalmente generoso com o teatro, mas tem que ser um ator. Então, falaria Fernanda Montenegro, mas como acho que ela não vai padecer do esquecimento como o Rubens, voto nele".

Zezé Polessa (atriz: "Bibi Ferreira. Seria lindo a Bibi inaugurar uma estátua dela'.

Clarice Niskier (atriz): "Amir Haddad. Ele merecia ter uma estátua em frente à sua companhia, a 'Tá na Rua', na Lapa".

João Fonseca (diretor): "Rubens Corrêa. Votaria no Rubens e na Dulcina, mas tem que ter essa de escolha de Sofia na minha vida... Então, Rubens".

Reinaldo Lace (estudante de Teoria do Teatro): Sérgio Britto. Ele é o teatro vivo.

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