Sobre o Blog

Esse blog tem por finalidade divulgar e valorizar as mais variadas e ricas formas de expressões artísticas, como artes visuais, cinema, dança, música, literatura, e sobretudo, teatro.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

HOMENAGEM DO MÊS

Das melhores e mais queridas

Formada em Belas Artes e Artes Cênicas pela USP (Universidade de São Paulo), ela trabalhou durante três anos escondida do pai italiano e repressor que não queria que ela fosse atriz.

Sua estreia profissional deu-se, em 1978, no teatro, na peça "Feliz ano velho" baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. A televisão demorou a reconhecer seu talento sempre escondido atrás de papéis coadjuvantes. Pois, somente depois de 30 anos dedicados ao veículo que ela chega à sua primeira protagonista em novelas. Eu estou falando de LÍLIA CABRAL, hoje, reconhecida, merecidamente, como uma das melhores atrizes brasileiras no teatro, na televisão e no cinema, onde debutou, com o filme, "Dias melhores virão" (1989), de Cacá Diegues.

Entre os maiores sucessos da carreira de Lília está "Divã". Seja a peça, seja o filme, seja o seriado de TV. A história inspirada no livro de mesmo nome de Martha Medeiros chegou aos palcos em 2005, e esteve na lista dos 10 melhores espetáculos teatrais daquele ano, segundo a exigente crítica teatral Barbara Heliodora. O papel de Mercedes, uma mulher que em meio à crise da meia-idade resolve fazer análise e vê sua vida se transformar, com o divórcio e o envolvimento com homens mais jovens, rendeu a Lília uma indicação ao Prêmio Shell de Melhor Atriz. Nos cinemas, a história foi uma das maiores bilheterias de 2009, e neste ano de 2011, transformou-se num ótimo seriado de tv dividido em oito episódios, lançados recentemente num só DVD.

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, são numerosos os prêmios colecionados. Em 1992, Lília faturou o Shell de Melhor Atriz pelo monólogo "Solteira, casada, viúva, divorciada". Como a amarga e amargurada Marta, uma das personagens mais bem escritas e elaboradas da hisrtória da teledramaturgia brasileira, em "Páginas da vida" (2006), ela carregou a novela nas costas do primeiro ao último capítulo, ganhou status de estrela e muitos prêmios: Troféu Imprensa, Contigo! e o mais prestigioso de todos, o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). E ainda, é considerada uma das conco melhores atrizes do mundo na televisão ao ser indicada ao prêmio internacional Emmy. Perdeu para a francesa Muril Rubin por sua atuação em "Marie Bernard - The Poisoner".

Como a sofrida e reprimida Catarina, de "A favoirita" (2008), ela faturou o Qualidade Brasil de Melhor Atriz Coadjuvante. Um ano depois, ganha, novamente, o Troféu Imprensa de Melhor Atriz por sua Teresa, de "Viver a vida", e é mais uma vez eleita uma das cinco melhores atrizes do mundo na tv, com sua segunda indicação ao Emmy.

Em 2010, a atriz depois de um hiato de cinco anos, voltou ao palcos, como uma solteirona virgem, em "Maria do Caritó". E, mantendo a tradição, farurou maisc prêmios.

A verdade é que Lília nunca precisou de uma protagonista em novelas para brilhar e ser, de fato, uma das melhores atrizes brasileiras. Afinal, quem viu jamais esquecerá da Aldeíde, de "Vale tudo" (1988), da Amorzinho, de "Tieta" (1989), da Sheila, de "História de Amor" (1995), da Ingrid, de "Laços de família" (2000), e muitas outras personagens que fizeram de Lília Cabral não somente uma das melhores, mas também das mais queridas atrizes do Brasil.

(Reinaldo Lace, em 01/12/2011)

A seção Homenagem do Mês, que estreou em junho de 2011, com Maria Bethânia, não foi publicada excepcionalmente em julho, agosto, setembro, outubro e novembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário